Com a evolução da tecnologia, os sistemas mecânicos estão ficando cada vez mais complexos, exigindo profissionais realmente capacitados para fazer um serviço de manutenção bem-feito. Portanto, manter-se atualizado é fundamental para ocupar esse espaço no mercado de reparos mecânicos.
Um dos itens que exige atenção é o sistema de injeção eletrônica Common Rail. Ele costuma provocar dúvidas com relação ao seu funcionamento e sobre o que deve ser feito para corrigir problemas — o que abre muitas oportunidades para quem entende do assunto.
Por isso, mostraremos neste post como ele funciona, quais comportamentos um veículo com pressão de combustível irregular apresenta e a melhor forma para verificar a pressão. Confira:
Para otimizar o funcionamento dos motores diesel, a injeção eletrônica Common Rail permite que o combustível seja injetado na quantidade e tempo exatos.
Isso descarta a necessidade da bomba injetora convencional, resultando não só em menos ruído e poluentes, mas, também, em mais torque em marchas lentas e menor consumo de combustível.
O controlador (UCM) é o responsável por gerenciar o tempo de injeção e a pressão do combustível injetado no motor.
O bom funcionamento desse sistema é essencial para que o motor tenha um bom desempenho.
Acontece que o índice de falhas nos sensores do UCM é alto. Desse modo, estar apto para fazer a verificação da pressão é um diferencial para qualquer oficina mecânica
O excesso de resíduos do próprio combustível, do tanque ou do filtro, podem impedir a movimentação adequada do êmbolo da válvula reguladora de pressão. Como consequência, a injeção pode apresentar pressão mais baixa, ou mesmo mais alta, do que a ideal para o funcionamento do motor.
Com o tempo, isso pode acabar resultando na necessidade de substituição da válvula, ou até mesmo do sensor de pressão. O ideal é realizar a regulagem antes do comprometimento dessas peças, por isso a importância de uma verificação periódica desse sistema.
Um veículo que funcione com a pressão de combustível fora dos padrões, pode sofrer danos ainda mais graves no motor. Danos esses que vão desde a queda severa de potência do motor até um possível incêndio, devido à pressão excessiva do sistema de injeção eletrônica sobre a linha de combustível.
Um veículo com falhas na pressão de combustível pode apresentar uma série de comportamentos indesejados. Para dar um diagnóstico preciso aos clientes de sua oficina, você precisará entender quais são as falhas mais comuns de serem percebidas.
Afinal, a maioria dos motoristas não saberá apontar diretamente que o problema é com a pressão de combustível, por exemplo. Na maioria dos casos, só uma avaliação bem-feita poderá identificar qual a causa das anormalidades.
Pensando nisso, falaremos a seguir das falhas mais comuns apresentadas por veículos com problemas com a pressão de combustível. Veja quais são:
Se o motor do veículo engasga em altas velocidades é sinal de que algo está errado. Uma das possíveis causas para esse tipo de comportamento é a desregulagem da pressão de combustível provocada por uma bomba defeituosa.
A maioria das pessoas negligência esse problema, pensando se tratar de combustíveis de má qualidade simplesmente. Em boa parte das situações pode não ser esse o caso e sim o mal funcionamento da bomba como tratado acima.
Principalmente depois de ligar o veículo, se ele engasgar ou simplesmente perder força, também é sinal de algo que pode estar errado com a bomba de combustível. Em situações assim, o caminhão pode retomar a aceleração normal em poucos segundos e seguir funcionando.
Isso acontece porque uma bomba fora dos padrões de funcionamento não consegue manter constante a pressão correta de combustível. Somente depois de restabelecida a pressão é que a aceleração voltará ao normal.
Essa é um dos sintomas mais fáceis de serem atribuídos a falhas com a pressão de combustível. Isso porque, se você reparar bem, estamos falando de um comportamento muito específico: depois da partida o veículo perde aceleração e instantes depois tudo volta ao normal.
Se o motorista não ficou atento a todos os “sintomas” retratados acima, é possível que chegue o dia em que o caminhão nem sequer vá ligar.
Isso acontece porque não tem combustivel sendo bombeada para o motor, o que pode significar o completo comprometimento da bomba de combustível.
Em situações como essa, é possível ouvir o barulho das velas trabalhando para fazer a ignição. No entanto, não haverá combustível para a combustão.
A verificação deve ser realizada durante o diagnóstico da UCM. Neste momento, é importante que o técnico fique atento para a possibilidade de outras falhas que estejam causando o problema.
É comum que alguns profissionais esqueçam de verificar o nível de combustível, entupimento no filtro ou defeitos na bomba e acabem achando que o problema é na UCM.
Se a oficina tiver equipamentos específicos para testar individualmente a bomba de alta pressão, o sensor de pressão, a válvula reguladora e os injetores, por exemplo, o trabalho pode ser facilitado. O diagnóstico dos aparelhos mostrará o funcionamento individual de cada parte do sistema, indicando possíveis defeitos em um ou mais deles.
Caso a oficina não tenha equipamentos suficientes para um diagnóstico individual, é possível testar o sensor de pressão e a válvula reguladora de pressão medindo a tensão e o duty cycle do sinal, respectivamente. Lembre-se de que essas medições devem ser realizadas com o veículo em andamento.
Vale lembrar que os equipamentos de análise da injeção eletrônica são investimentos importantíssimos para uma oficina, aumentando a gama de serviços a serem oferecidos e a eficácia dos diagnósticos dados pelos mecânicos. Com isso, você poderá analisar se a pressão de combustível está dentro do padrão esperado e se será necessário substituir alguma peça.
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